VIBRANDO PAZ, SAÚDE, OTIMISMO, TEREMOS AMOR

São Paulo define, na primeira carta aos Coríntios, capítulo 13, que o amor perfeito de Deus é paciente, bondoso, não tem inveja, não é orgulhoso, não é arrogante, não é escandaloso, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo desculpa, tudo suporta, tudo crê e tudo espera.

segunda-feira, 5 de março de 2018

ENLUTAR-SE - Texto maravilhoso (circulando pelo Whatsapp)

Enlutar-se é se mudar para uma espécie de cela blindada, da qual saímos somente para intermináveis e dolorosos banhos de sol. Uma solitária para a qual queremos voltar logo, embora triste e sombria, ela ainda é o lugar onde nos sentimos menos desconfortáveis.

Quando estamos de luto vagamos pela cidade como numa cena sem áudio, olhamos ao redor e nos perguntamos: "Com que direito as pessoas sorriem, se dentro de mim as luzes estão apagadas?"
É assim até que a gente se acostume. A morte se repete muitas vezes, ao acordar, está lá a morte de novo, a cada lembrança, outra morte. Até que em nós ela morra de fato, e isso demora.

O que mais dói no luto é não conseguir que as pessoas sintam a nossa dor, falamos compulsivamente ou escrevemos de forma obsessiva até que as pessoas também chorem. E elas choram, mais as nossas dores que as delas, é verdade, mais isso é empatia talvez.
Quando cada momento latente de falta se transforma em um texto delicado ou quando as nossas palavras conseguem fazer o outro vestir a nossa dor, a tristeza vira alegria, que alívio, nos sentimos compreendidas. E assim em uma espécie de alquimia incidental, transmutamos a dor em sorriso.

O luto é praticamente um parto, é preciso reaprender a viver sem a pessoa que se foi, como quem nasce de novo, e quem permanecerá o mesmo?
Viver o luto é renascer, e nascer é exercício solitário, é preciso olhar o mundo novamente e reconhecer-se diante dele.

Mas, como criança que cresce, o luto demanda tempo, enquanto isso, não saímos por aí despertando sorrisos. Num mundo programado para a felicidade, o luto constrange, abre um hiato de mal estar.
A morte é certeza demasiada espinhosa para que se toque nela com naturalidade.

O momento menos solitário talvez seja a primeira semana, o primeiro mês, enquanto duram os rituais de despedida. Passam-se alguns dias e todos retomam suas vidas, ninguém mais quer falar sobre isso, a não ser o próprio enlutado, que não quer falar de outra coisa. Agora é que a dor vai começar, e parece que não vai parar nunca, talvez fique para sempre mesmo, a perda vai se alojando no corpo, como uma bala encapsulada, até não incomodar mais, com paciência, o tempo muda os afetos de lugar e passa a morar em nós quem se foi.

E então a dor nos leva a outros lugares, abre nossos olhos, nos ensina a mudar de assunto, e assim, distraidamente, vai nos mostrando a vida de novo, agora outra.

A perda pede recolhimento como um pós-operatório, ou reincide, a ferida se abre de novo.
É necessário viver O LUTO, entregar-se a ele sem medo, para não viver DE LUTO até que chegue sua hora voltar.
Cada um descobre sua forma de colocar a dor para trabalhar em outra direção, as pessoas que se vão passam a nos fazer pensar sobre nossas vidas, lembram-nos a urgência de amar quem está vivo e perto e nos ensina que para fazer escolhas não é necessário estarmos em sofrimento.

A vida é curta sim, não vem com prazo de validade nem traz garantias, mas vem com uma certeza, que nenhum de nós é pra sempre.
A cada novo dia temos a oportunidade única de recomeçar, de nos permitir, mesmo entre riso e choro, mesmo com um lugar vago à mesa, a família está ali e Deus está cuidando de tudo, vá do luto a luta, no seu tempo, devagar, mas queira o vencer.
Não deixe pra valorizar os bons momentos que a vida lhe proporciona depois que eles virarem mais uma lembrança, a vida é hoje, é agora. Viva!!!

(texto editado do site mensagens espíritas por Cris Guerra)
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#roselyberenguel

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