VIBRANDO PAZ, SAÚDE, OTIMISMO, TEREMOS AMOR

São Paulo define, na primeira carta aos Coríntios, capítulo 13, que o amor perfeito de Deus é paciente, bondoso, não tem inveja, não é orgulhoso, não é arrogante, não é escandaloso, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo desculpa, tudo suporta, tudo crê e tudo espera.

sábado, 30 de maio de 2015

DIREÇÃO PERIGOSA, ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICO E A OUTRA VIDA

POR FAVOR SÓ TENHO 17 ANOS


 O dia em que eu morri era um dia comum de aula... Ah! se eu pudesse voltar atrás, certamente teria tomado o ônibus! Mas eu não estava a fim, queria fazer algo diferente, sair da rotina... Lembro-me de quanto bajulei Mamãe para que ela me desse o carro. Seria um favor especial; e eu pedi, implorei, azucrinei a cabeça dela, até que ela cedeu... afinal, todos os da patota transam os carros de seus pais. Quando soou a sineta das 16h50, joguei todos os meus livros no armário, e desci em disparada... Eu estava livre até às 19h00, quando papai retornaria do trampo. Cheguei ao estacionamento como um relâmpago, entusiasmado pelo pensamento de dirigir um carro e ser meu próprio chefe, livre! totalmente livre! Agora não importa mais lembrar como aconteceu aquele desastre. Eu estava pisando fundo, sentando o pé, correndo pacas... Tirava fininhos, cantava pneus, desafiava outros para um racha e rodopiava na pista em cavalos de paus... Aquilo era incrível, eu estava gozando a minha liberdade, tudo, tudo, era sensacional. A última coisa de que me lembro foi ter visto uma velha senhora atravessando devagar pra burro, desviei dela, e depois somente ouvi o barulho ensurdecedor e também um terrível solavanco. Ferros e vidros voaram para todos os lados... Meu carro inteiro parecia sair de fora pra dentro, virando ao avesso, se encolhendo pra cima de mim, e em frações de segundos, eu ouvi o meu próprio grito. De repente acordei, tudo estava calmo, quieto, silencioso demais... Um policial estava em pé me olhando. Então vi se aproximar de mim um médico. Meu corpo estava estraçalhado, eu era apenas uma pasta, uma mescla de carnes e sangues. Pedaços de vidro estavam entranhados em meu corpo, só que eu não sentia nada, tudo parecia ausente, anestesiado, dormente... - Hei, hei! não joguem este lençol sobre a minha cabeça! Eu quero ver tudo, preciso saber o que está acontecendo... Preciso me levantar daqui, tenho um encontro para logo mais... Por favor, me ajudem a levantar! Não vêm com essa de que eu estou morto, eu ainda tenho muito a crescer, conhecer coisas novas... Eu nem vivi direito ainda cara! Eu não posso estar morto! Tire esse maldito lençol da minha cara.... Depois, fui colocado numa gaveta estranha... Tentei sai dali, mas não tive forças... então minha família veio me identificar.... Hei mãe, hei pai!!! Droga! eles não me ouvem... Caramba! eu estou tão feio... Por que é que tive de ser visto assim? Por que tive de olhar para os olhos de mamãe enquanto ela encarava a mais terrível provação de sua vida? Papai de repente ficou um velho, tanto na aparência, quanto em seu timbre de voz, e eu pude notar essa repentina mudança quando o ouvi dizer ao encarregado do lugar: ‘Sim, é o meu filho!” Meu funeral foi uma terrível, e ao mesmo tempo fantástica experiência: Eu vi todos os meus parentes e amigos desfilarem em frente ao caixão. Eles iam passando, um a um, e olhavam para mim com o olhar mais triste que jamais eu vira. Alguns de meus amigos estavam chorando. Algumas gatinhas tocavam em minha mão e soluçavam, sem conseguir dizer nada.... - Por favor, alguém me acorde! Digam-me que isso é somente um sonho! Tire-me daqui! Eu não agüento mais ver papai e mamãe tão arrasados...Meus avós, coitados! estão destroçados de pesar, e quase nem conseguem mais andar. Meu irmão e minhas irmãs estão como zumbis (andam como se fossem robôs). Todos estão desorientados. Ninguém consegue acreditar no que aconteceu. Nem eu!!! - Por favor não me enterrem... Tenho medo de ficar sozinho... Eu não posso estar morto, gente. Tenho ainda tanto que viver. Eu quero rir e brincar outra vez, quero cantar e servir ao Senhor, ser um bom filho, um bom profissional... Por favor, não me ponham debaixo dessa terra. Eu prometo que, se eu tiver uma nova chance, serei mais cauteloso, não serei desobediente e vou dirigir mais prudente... Deus, eu serei o motorista mais cuidadoso do mundo. Tudo o que eu quero é mais uma chance Senhor, só mais uma... sim, uma chance só. Por favor, Deus, eu só tenho 17 anos, só 17!

- Fonte: Segundo alguns é de uma crônica da jornalista Abigail Van Buren, republicada no ”The Cincinatti Enquire”, edição de 8 de abril de 1979, outros  o autor é: o Dr. Michael Lee Ploing em memória de Jimmy Rowe que morreu aos 17 anos, quando dirigia o carro de sua mãe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário