VIBRANDO PAZ, SAÚDE, OTIMISMO, TEREMOS AMOR

São Paulo define, na primeira carta aos Coríntios, capítulo 13, que o amor perfeito de Deus é paciente, bondoso, não tem inveja, não é orgulhoso, não é arrogante, não é escandaloso, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo desculpa, tudo suporta, tudo crê e tudo espera.

sábado, 3 de outubro de 2015

ENCONTRO DE NATAL



A data do Natal desperta nas pessoas um espírito de fraternidade muito grande. Mesmo aquelas mais desligadas dos anseios da sociedade, nesse  período, ajuda alguém ou alguma organização humanitária, uma religião etc. Então porque não  deixar que este espírito de solidariedade perdure por todo o ano? Vamos esperar para daqui pouco mais de dois meses para inspirar  nesse sentimento?  As necessidades tem época certa? Claro que não. Todo dia dever ser encarado como se o Natal fosse amanhã. Participemos então com esse espírito de solidariedade, de tolerância para com o próximo. Hoje mesmo.

Encontro de Natal
Recolhes as melodias do Natal, guardando o pensamento engrinaldado pela ternura de harmoniosa canção.
Percebes que o céu te chama a partilhar os júbilos da exaltação do Senhor nas sombras do mundo.
Entretanto, misturada ao regozijo que te acalenta a esperança, carregas a névoa sutil de recôndita angústia, como se trouxesses no peito um canteiro de rosas orvalhado de lágrimas!...
É que retratas no espelho da própria emoção o infortúnio de tantos outros companheiros que foram inutilmente convidados para a consagração da alegria. Levantaste no lar a árvore da ventura doméstica, de cujos galhos pendem os frutos do carinho perfeito, entretanto, não longe, cambaleiam seguidores de Jesus, suspirando por leve proteção que os resguarde contra o frio da noite; banqueteias-te, sob guirlandas festivas, mas, a poucos passos da própria casa, mães e crianças desprotegidas, aguardando o socorro de Cristo, enlanguescem de fadiga, e necessidade; repetes hinos comovedores, tocados pela serena beleza que dimana dos astros, entretanto, nas vizinhança, cooperadores humildes do Mestre, choram cansados de penúria e aflição; abraças os entes queridos, desfrutando excesso de conforto, contudo, à pequena distância, esmorecem amigos de Jesus, implorando que lhes dê a benção de uma prece e o consolo de uma palavra afetuosa, nas grades dos manicômios ou no leito dos hospitais...
Sim, quando refletes na glória da Manjedoura, sentes, em verdade, a presença do Cristo no coração!
Louva as doações divinas que te felicitam a existência, mas não te esqueças de que o Natal é o Céu que se reparte com a Terra, através do eterno amor que se derramou das estrelas.
Agradece o dom inefável da paz que volta, de novo, enriquecendo-te a vida, mas divide a própria felicidade, realizando, em nome do Senhor, a alegria de alguém!...
Meimei / Francisco Cândido Xavier.

HISTÓRIA DE UM PÃO



UNIÃO BEZERRA DE MENEZES



HISTÓRIA DE UM PÃO

Quando Barsabás, o tirano, demandou o reino da morte, buscou debalde
reintegrar- se no grande palácio que lhe servira de residência.
A viúva, alegando infinita mágoa, desfizera- se da moradia, vendendo- Ihe os
adornos.
Viu ele, então, baixelas e candelabros, telas e jarrões, tapetes e perfumes,
jóias e relíquias, sob o martelo do leiloeiro, enquanto os filhos querelavam
no tribunal, disputando a melhor parte da herança.
Ninguém lhe lembrava o nome, desde que não fosse para reclamar o ouro e a
prata que doara a mordomos distintos.
E porque na memória de semelhantes amigos ele não passava, agora, de sombra,
tentou o interesse afetivo de companheiros outros da infância...
Todavia, entre eles encontrou simplesmente a recordação dos próprios atos de
malquerença e de usura.
Barsabás, entregou- se as lágrimas de tal modo, que a sombra lhe embargou,
por fim, a visão, arrojando- o nas trevas.
Vagueou por muito tempo no nevoeiro, entre vozes acusadoras, até que um dia
aprendeu a pedir na oração, e, como se a rogativa lhe servisse de bússola,
embora caminhasse às escuras, eis que, de súbito, se lhe extingue a cegueira
e ele vê, diante de seus passos, um santuário sublime, faiscante de luzes.
Milhões de estrelas e pétalas fulgurantes povoavam- no em todas as direções.
Barsabás, sem perceber, alcançara a Casa das Preces de Louvor, nas faixas
inferiores do firmamento.
Não obstante deslumbrado, chorou, impulsivo, ante o Ministro espiritual que
velava no pórtico.
Após ouvi- lo, generoso, o funcionário angélico falou sereno:
- Barsabás, cada fragmento luminoso que contemplas é uma prece de gratidão
que subiu da T erra ...
- Ai de mim - soluçou o desventurado - eu jamais fiz o bem...
- Em verdade - prosseguiu a informante - , trazes contigo, em grandes sinais,
a pranto e a sangue dos doentes e das viúvas, dos velhinhos e órfãos
indefesos que despojaste, nos teus dias de invigilância e de crueldade;
entretanto, tens aqui, em teu crédito, uma oração de louvor...
E apontou- lhe acanhada estrela, que brilhava a feição de pequenino disco
solar.
- Há trinta e dois anos - disse, ainda, o instrutor - , deste um pão a uma
criança e essa criança te agradeceu, em prece ao Senhor da Vida.

Chorando de alegria e consultando velhas lembranças, Barsabás perguntou:
- Jonakim, o enjeitado?
- Sim, ele mesmo - confirmou a missionário divino. - Segue a claridade do
pão que deste, um dia, por amor, e livrar- te- ás, em definitivo, do
sofrimento nas trevas.
E Barsabás acompanhou a tênue raio do tênue fulgor que se desprendia daquela
gota estelar, mas, em vez de elevar- se as Alturas, encontrou- se numa
carpintaria humilde da própria T erra.
Um homem calejado aí refletia, manobrando a enxó em pesado lenho...
Era Jonakim, aos quarenta de idade.
Coma se estivessem as dois identificados no doce fio de luz, Barsabás
abraçou- se a ele, qual viajante abatido, de volta ao calor do lar... (...)
Decorrido um ano, Jonakim, a carpinteiro, ostentava, sorridente, nos braços,
mais um filhinho, cujos louros cabelos emolduravam belos olhos azuis.
Com a benção de um pão dado a um menino triste, por espírito de amor puro,
conquistara Barsabás, nas Leis Eternas, o prêmio de renascer para
redimir- se.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: O Espírito da Verdade. Ditado pelo
Espírito Irmão X. 3a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1977.

COFIANDO SEMPRE





Confiando Sempre

 .....peçamos ao Senhor nos sustente as forças na incumbência dos compromissos assumidos e prossigamos adiante, no campo de nossas abençoadas lutas, na certeza de que o Divino Benfeitor jamais nos abandona.















MEDIUNIDADE



Mediunidade
"E nos últimos dias acontecerá, diz o Senhor, que do meu Espírito derramarei sobre toda carne; os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, vossos mancebos terão visões e os vossos velhos sonharão sonhos." - (ATOS, capítulo 2, versículo 17.)


No dia de Pentecostes, Jerusalém estava repleta de forasteiros. Filhos da Mesopotâmía, da Frígia, da Líbia, do Egito, cretenses, árabes, partos e romanos se aglomeravam na praça extensa, quando os discípulos humildes do Nazareno anunciaram a Boa Nova, atendendo a cada grupo da multidão em seu idioma particular.
Uma onda de surpresa e de alegria invadiu o espírito geral.
Não faltaram os cépticos, no divino concerto, atribuindo à loucura e à embriaguez a revelação observada. Simão Pedro destaca-se e esclarece que se trata da luz prometida pelos céus à escuridão da carne.
Desde esse dia, as claridades do Pentecostes jorraram sobre o mundo, incessantemente.
Até aí, os discípulos eram frágeis e indecisos, mas, dessa hora em diante, quebram as influências do meio, curam os doentes, levantam o espírito dos infortunados, falam aos reis da Terra em nome do Senhor.
O poder de Jesus se lhes comunicara às energias reduzidas.
Estabelecera-se a era da mediunidade, alicerce de todas as realizações do Cristianismo, através dos séculos.
Contra o seu influxo, trabalham, até hoje, os prejuízos morais que avassalam os caminhos do homem, mas é sobre a mediunidade, gloriosa luz dos céus oferecida às criaturas, no Pentecostes, que se edificam as construções espirituais de todas as comunidades sinceras da Doutrina do Cristo e é ainda ela que, dilatada dos apóstolos ao círculo de todos os homens, ressurge no Espiritismo cristão, como a alma imortal do Cristianismo redivivo.
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 10.